AHEG reivindica revogação imediata de decisão do Ipasgo que corta atendimentos pela metade
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Entidade reitera que paralisação dos tratamentos refletirá em uma piora da saúde dos usuários
Com 53 anos de representatividade do setor hospitalar privado goiano e mais de 260 estabelecimentos de saúde associados em diversos municípios, a Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (AHEG) requereu, na manhã desta sexta-feira (10), a imediata revogação da medida que limita os atendimentos eletivos dos usuários do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) em 50%.
Em ofício endereçado ao presidente do Ipasgo, Dr. Hélio José Lopes, a associação expôs sua indignação, considerando como "demasiadamente agressiva" tal decisão, justificada pela falta de dotação orçamentária. E reivindicou que a mesma seja reconsiderada e que também seja solicitado ao Estado de Goiás suplementação de crédito orçamentário para manutenção dos atendimentos eletivos aos usuários do Instituto.
O presidente da AHEG, Adelvânio Francisco Morato, lembra ainda que o setor hospitalar foi um dos mais impactados com a pandemia causada pela COVID-19, ao contrário dos planos de saúde que não deixaram de faturar no período pandêmico, e que a paralisação desses tratamentos reflete na piora da saúde dos usuários, culminando em vários problemas atuais.
“O poder público limitou o atendimento eletivo dos hospitais por vários meses e os usuários ficaram receosos com a possibilidade de contaminação dentro dos hospitais e clínicas, o que fez com que inúmeros tratamentos fossem paralisados. Os hospitais não podem deixar de prestar atendimento e nem têm como quantificar a porcentagem de quem merece ou não atendimento”, reitera.